Wallace
Entrei na faculdade, no primeiro dia de aula, como se estivesse preparada para todos os momentos que iria viver.
Andei pelos corredores admirando paredes, cartazes coloridos com mensagens de boas vindas, imagens de cursos e oportunidades que estavam à disposição dos mais empolgados.
Finalmente, encontrei minha sala. Entrei me fazendo de descontraída, fiz uma rápida e minuciosa inspeção com meus olhos em todos os ângulos, até escolher a melhor carteira que me acomodasse para ter uma visão geral do ambiente.
– Boa noite!
Cumprimentei em voz parcialmente audível.
Dois rapazes e uma menina me responderam no mesmo tom.
Sentei, acomodei minha bolsa em uma carteira ao lado e recostei para continuar com a averiguação de como seriam minhas noites a partir daquele momento.
Alguns alunos e umas alunas foram chegando sorrateiramente, como quem está entrando em um campo estranho, que poderia explodir se você colocasse seu pé no lugar errado.
Eu, mais relaxada, observava tudo com minuciosidade. Até que meus olhos se conectaram com a figura de um rapaz, sentado na primeira carteira do lado esquerdo, com um fone de cabeça acomodado em seus ouvidos. Fiquei curiosa, pois nunca havia visto um aluno assistir aula com fone que chamasse a atenção.
A professora chegou animada e pediu que arrumássemos as carteiras em semicírculo. Assim começou a aula, interativa e agradável, sem perigo que alguma dinamite explodisse.
Com essa nova arrumação na sala de aula, o rapaz do fone ficou de frente para a turma, e eu pude vê-lo com os detalhes que minha curiosidade vasculhava.
Mas não fui muito longe. Seu semblante sereno, seu olhar tranquilo foram o suficiente para atrair minha atenção. O que mais me intrigava era que ele não tirou os fones dos ouvidos, nem com a entrada da professora, nem com os outros professores.
Nos outros dias, procurei sentar mais próxima dele. Wallace desenhava
muito bem figuras de personagens de histórias fantásticas, e falava muito pouco. Descobri o nome dele na lista de presença que assinávamos em cada aula.
O headfone adornando sua cabeça estava sempre com ele, aonde quer que fosse. Os professores não se importavam, por que alguém mais iria se incomodar? Apesar de sua quietude, Wallace me atraía a cada momento, principalmente quando passava por ele sentado no corredor, sozinho, com as pernas estiradas, ouvindo não sei o que através daqueles fones, como se estivesse acomodado na sua cama.
Um dia, sem querer incomodá-lo, sentei-me ao lado dele, sorrateira, assim como se quisesse apenas descansar um pouco.
– Está gostando das aulas? – Perguntei tentando puxar assunto.
Ele olhou para mim, abriu mais os olhos e balançou a cabeça como em uma afirmativa.
– Estou desconcentrando você da sua música? – Continuei.
Ele tornou a olhar para mim com um leve sorriso.
– Não estou ouvindo música.
Permaneci em silêncio, esperando um pouco mais de discurso para entender.
– Uso os fones para diminuir o barulho que me incomoda – explicou ele.
– Boa estratégia – concordei.
Wallace levava seu caderno para todo lugar, e onde estivesse, perdia-se no mundo da imaginação.
– O que são esses desenhos? – Perguntei curiosa.
– São personagens de caratê de uma revista.
– Posso ver?
Ele respondeu me entregando o caderno.
Eu observei todos os detalhes e admirei mais ainda, não sei se os desenhos ou o Wallace.
– São perfeitos! – Elogiei as figuras quase vivas, e os contornos do criador delas.
Ele sorriu lisonjeado.
Wallace se tornava cada vez mais atraente para mim, não sei se por sua autenticidade, seu breve sorriso, sua voz suave, ou, simplesmente, porque ele existia. Sua presença era tão confortável ao meu lado que eu queria ficar ali para sempre, nem que o sempre fosse só aquele momento.
Ficamos ali, por mais alguns minutos, em silêncio. Ele desenhando em seu caderno, eu, simplesmente, respirando.
Quando voltamos para a sala de aula e nos sentamos em carteiras lado a lado, eu não conseguia ouvir o que os professores falavam. Suas bocas se moviam com as palavras, mas meus sentidos permaneciam na canção que não tocava para Wallace, mas vibrava frequências em minha imaginação.
Eu cantarolava Like a lover, de Sérgio Mendes, em inglês e viajava nessa imagem. Entre um desenho ou outro, Wallace bebia um gole de água. Ah, e “eu invejava o copo que conhecia seus lábios e a mesa que podia sentir seus dedos”, como dizia a canção.
No final das aulas, ele se levantou antes de mim, e eu o chamei antes que ele se afastasse.
– Wallace, quer fazer parte do meu grupo para a apresentação do seminário de Química geral?
Ele respondeu com a mesma leveza de sempre.
– Sim.
Eu sorri de alegria com a possibilidade de estarmos juntos mais vezes.
– Vamos marcar um dia para fazermos o trabalho – acrescentei, antes que ele se virasse e continuasse seu caminho.
Ele concordou com um breve movimento de sua cabeça.
– Boa noite! – Desejei.
– Boa noite! – Ele respondeu.
Sua voz melodiosa penetrou em meus ouvidos.
No dia seguinte, Vanessa veio falar comigo antes que entrássemos na sala de aula.
– Você chamou o Wallace para fazer parte do nosso grupo?
– Sim, faltava uma pessoa para completar as quatro.
– Você não acha o Wallace meio diferente?
Eu ri sem me conter.
– São as diferenças dele que me atraem – afirmei.
– Eu já percebi – confessou ela, – aliás, quase todo mundo da turma.
– As pessoas estão prestando muita atenção em mim, deviam estar prestando mais atenção às aulas.
– Leninha, me responde com sinceridade, será que ele sabe, pelo menos, beijar? – Perguntou ela com tom irônico.
– Por que você não pergunta para ele? – Soltei a única resposta coerente.
Entramos na sala. Wallace já estava lá, com seus fones cobrindo seus ouvidos.
– Oi – cumprimentei.
– Oi – ele respondeu.
– Vamos fazer o trabalho amanhã na biblioteca, um pouco antes aula, você pode vir?
– Sim, peço para sair um pouco mais cedo do trabalho.
– Seis horas, ok?
Ele afirmou com o movimento de sua cabeça, como costumava fazer.
No dia seguinte, cheguei antes da hora marcada, e encontrei Thiago, que também havia se antecipado.
– Chegou cedo – lamentei, esperando ficar algum tempo sozinha com Wallace, – marcamos seis e meia.
– Eu sei, mas ouvi você marcar a hora com o Wallace.
– Está me espionando? – Perguntei indignada.
– E se estiver? – Ele me desafiou.
– Vai perder o seu tempo – respondi pegando a minha mochila da mesa para sair.
– Você é que está perdendo o seu tempo – declarou ele com um sorriso irônico.
– Não te dou o direito de se meter na minha vida – voltei o meu rosto para ele e continuei meu caminho.
Mas ao atravessar a porta da biblioteca, dei de cara com Wallace. Ele parou em frente a mim.
– Chegou na hora! – Disfarcei.
Sustentei meu corpo rente ao dele para que ele não entrasse, nem visse Thiago.
– A Vanessa ainda não chegou. Vamos tomar um café na cantina enquanto ela não chega? – Sugeri, induzindo Wallace a voltar pelo caminho oposto.
Wallace era de poucas palavras. Ouvia, processava em sua mente, e respondia da sua maneira. Geralmente com os olhos, ou o movimento do rosto, às vezes, com um monossílabo.
Dessa vez, ele concordou com um leve sorriso e se afastou para que eu passasse. Olhei rapidamente para trás e vi Thiago recostado na cadeira de braços cruzados olhando para nós. Eu lancei meu olhar de vitoriosa para ele, e me juntei a Wallace para seguirmos nosso caminho até a cantina.
Estar simplesmente ao lado de Wallace era ser atraída por uma nuvem clara, límpida, transparente, e levitar com ele, não sei bem para onde.
Pedimos nosso café com um salgado qualquer e nos sentamos a uma mesa em frente ao balcão.
Enquanto eu observava o movimento dos lábios de Wallace mastigando devagar, ele fugia seus olhos dos meus.
– Wallace! – Chamei em voz baixa para não o assustar, – você gosta da minha companhia?
Ele conduziu seus olhos para os meus, esqueceu de seu lanche em sua boca, e me fitou por algum tempo qualquer.
Eu aguardava ansiosa que ele dissesse “sim”, movimentando sua cabeça, como sempre fazia.
– Oi, desculpe a demora! – A voz apressada de Vanessa interrompeu nosso diálogo.
Olhamos para ela surpresos, como se estivéssemos sido pegos em flagrante.
– Já comi um hamburger no ônibus – continuou ela – Quando vocês acabarem podemos ir para a biblioteca. Thiago já está lá.
– Vá indo – sinalizei para Vanessa, – vamos já, já.
Vanessa produziu um olhar e um sorriso de quem tinha entendido e saiu.
– Espero vocês lá – disse ela já a caminho da biblioteca.
Eu tentava respirar com tranquilidade para continuar a minha interação com Wallace.
– Vamos fazer uma reunião na minha casa esse fim de semana para concluirmos o trabalho, você pode ir? Vai ser sábado à tardinha, 16h.
– Tenho um compromisso nessa hora, mas vou dar um jeito. Onde você mora? – Respondeu ele enquanto deglutia seu salgado qualquer.
– Vou passar pra você no chat da gente.
Eu mandei rapidamente a mensagem com todos os detalhes.
Voltamos para a biblioteca e terminamos a parte do trabalho daquele dia. Foi tudo bem tranquilo, com exceção de Thiago que não tirava os olhos observadores de mim e de Wallace, sempre com o headfone em seus ouvidos.
– O Thiago está caidinho por você! – Entrou no assunto, Vanessa, quando chegamos no ponto de ônibus.
– Eu sei pelo que ele está caidinho – inferi. – Ele sabe que não tenho nada a ver com ele.
– Qual é a sua, Leninha? Pelo menos ele está caidinho. Qual é a sua com o Wallace? O que você viu nele? Ele parece perdido no tempo e no espaço. Nem sei como ele vai apresentar esse trabalho.
– Eu queria saber por que as pessoas não tomam conta das suas vidas. Principalmente você, pensei que fosse do meu lado, em vez de alimentar o mal resolvido dos homens da nossa turma.
– Só estou querendo ajudar.
– Não pedi ajuda. Estou muito bem!
No sábado, deixei tudo organizado. A mesa onde íamos trabalhar, os lanchinhos para nossas pausas, e uma suave música na minha caixinha de som, com o volume quase imperceptível, para não nos desconcentrar, principalmente Wallace.
Wallace foi o último a chegar, com seu headfone nos ouvidos e seus jeans desbotados.
Cumprimentou-nos com o movimento de sua cabeça, acondicionou sua mochila em uma cadeira e sentou-se em frente a mim, à mesa onde já havíamos espalhado nossos papéis de pesquisa e o notebook. Pela primeira vez, eu o vi retirando o headfone de sua cabeça e o acomodando bem ao seu lado na mesa.
– Vai ter alguma imagem nos slides? – Perguntou ele.
– Sim – respondi com segurança, pois sabia que essa era a sua parte no trabalho.
– Já tenho umas prontas – ele afirmou.
Wallace tirou seu notebook de sua mochila e abriu uma imagem com desenhos de pessoas com balõezinhos de fala, explicando as funcionalidades da água no planeta, tema da nossa apresentação.
Achei perfeito! A criatividade na exposição do que tínhamos que explicar, e os desenhos, que pareciam ter vida.
Vanessa aderiu à ideia. Eram duas contra um. Thiago foi obrigado a concordar. Começamos a organizar os slides, quando de repente, o volume de uma música, que tocava na minha caixinha, aumentou excessivamente. Olhei assustada na direção em que vinha o som.
Thiago sorria sarcasticamente com a mão na caixa.
– Diminui isso! – Gritei.
Ele fingia não ouvir, enquanto olhava para mim.
Eu me arremessei para cima dele.
– Ficou doido!? – Gritei arrancando a caixa da mão dele.
Thiago largou. Eu tentava, nervosa, diminuir o volume, quando meus olhos bateram na figura de Wallace, com as mãos apertando seus ouvidos, em pé, querendo sair dali confuso, sem encontrar a direção certa. Vanessa assistia a tudo como testemunha de uma cena que ela não entendia bem.
Wallace tinha alcançado a porta do quarto e se jogara sem rumo para longe daquele barulho. Larguei a caixinha no chão, peguei o headfone rapidamente e corri atrás dele. Quando o alcancei, já estava na calçada, andando de um lado para o outro com as mãos nos ouvidos. Eu me aproximei dele, tentando acompanhá-lo no seu ritmo. Mostrava seu headfone em minhas mãos, mas ele parecia não ver.
Wallace diminuiu seus passos, olhou para mim, veio ao meu encontro, alcançou o headfone na minha mão.
Queria mesmo era abraçá-lo suavemente e deixá-lo se acalmar em meu peito.
– Desculpe! – Balbuciei.
Ele retirou o aparelho sonoro da minha mão devagar. Deixei que ele acomodasse o objeto ao redor de sua cabeça.
Antes que ele se virasse, peguei a mão dele com leveza e levei-a até meu peito, para que ele sentisse as batidas de meu coração.
Wallace falou com seus olhos, mais uma vez, e eu entendi.
Vanessa, assustada, chegou na porta da entrada segurando a mochila de Wallace, com a certeza de que ele iria embora.
Ele virou-se para ela, pegou a mochila, certificou-se de que seu notebook estava lá dentro, e saiu sem se despedir. Sem nem mesmo olhar para mim.
Thiago apareceu na porta ao lado de Vanessa, movimentando a cabeça e os olhos como se não tivesse entendido o que acabara de acontecer.
Eu me aproximei dele em um impulso só e o encarei tão perto que ele podia sentir minha respiração quente, úmida devastando seu rosto cínico.
– Você é ridículo! Pega as suas coisas e some da minha casa!
– Ridícula é você! Não está vendo que esse cara não tem nada pra te dar? – Continuou ele sem se afastar de mim.
– Quem é vazio como você é que não tem nada pra dar. Sua insensibilidade é patética!
Entrei antes dele, peguei todas as suas coisas e entreguei a ele ainda na porta.
– Nos vemos na apresentação do trabalho – acrescentou Thiago cinicamente, antes de sair.
Vanessa, a única testemunha, começara, então, a deixar cair suas fichas.
– Vamos apresentar o trabalho, Leninha! – Declarou ela em tom de desafio. – De qualquer jeito.
– Não existe qualquer jeito! – Retifiquei. – Só faz parte da minha vida quem sabe o que quer!
Não consegui falar com Wallace durante o fim de semana. Mandava mensagens, ele não respondia. Ligava, ele não atendia.
No dia da apresentação, ele chegou com seu headfone nos ouvidos, e sentou-se ao meu lado.
– Boa noite! – Eu cumprimentei baixinho.
– Boa noite! – Ele respondeu no mesmo tom.
Quando chegou nossa vez de irmos até o centro da sala para mostrar nossos slides, Wallace retirou seu headfone com tranquilidade, colocou em cima da carteira e se aproximou de nós. Como eu admirava seus passos leves, seu rosto sereno, o movimento de seus braços que pareciam equilibrar seu corpo.
Thiago começou, fez sua explanação sobre a água. Vanessa continuou tentando não se perder no assunto. Eu concentrei-me no poder da água no cosmos, no nosso planeta, nas nossas células. E convidei Wallace para se unir a mim com suas imagens, tão reais quanto nós dois naquele momento.
Ele sorriu confiante. Alcançou meus olhos no ângulo certo dos dele. Falou com tamanha segurança e desenvoltura como eu jamais vira em todo esse tempo durante as aulas.
Wallace concluiu nossa apresentação seguida dos aplausos eufóricos da turma.
A partir desse dia, eu não falei mais com Thiago.
Quando acabou a aula, esperei Wallace para sairmos juntos.
– Sua apresentação foi perfeita, Wallace! – Comentei enquanto caminhávamos juntos.
– Você também explorou muito bem o papel da água em nossa vida – declarou ele, já com seu headset instalado até seus ouvidos.
– Estou com fome, vamos fazer um lanche em algum lugar, para comemorar?
Ele gostou da ideia e respondeu com seu mais sincero sorriso.
– Tem um barzinho perto da minha casa que faz uns sanduíches deliciosos – aproveitei a vibe daquele momento, já conhecendo seu prato favorito.
– Se for de queijo com ovo frito – completou ele animado.
Achamos graça da nossa aventura e fomos empolgados até o pequeno lugar que fazia sanduíches diferentes.
Uma mesa na calçada nos aguardava ao frescor da noite, com direito à visão da lua cheia bem em frente.
Acomodamos nossas mochilas sobre a mesa e nos sentamos.
– Vou ao banheiro! – Comunicou ele.
Wallace tirou seu headfone e o colocou sobre a mesa.
Eu, com inveja daquele objeto que não se separava do corpo dele, peguei o headfone com cuidado e adaptei ao redor da minha cabeça.
Uma canção suave se expressava ali, nos meus ouvidos. Eu ouvia as palavras que falavam por mim.
“How I envy a cup that knows your lips,
Let it be me, my love,
And a table that feels you fingertips,
Let it be me, let me be your love,
Bring an end to the endless days and nights
Without you
“Like a lover”, a canção que eu cantarolava enquanto ele assistia as aulas com seu headfone.
Wallace voltou e se sentou ao meu lado. Eu olhei para ele enquanto cantarolava. Ele aproximou seu rosto do meu e cantou em inglês palavra por palavra junto comigo. Quando a canção fez seus últimos acordes, ele encostou sua boca na minha e traduziu com sua voz rouca e suave:
– “Como eu invejo uma xícara que conhece seus lábios,
que seja eu, meu amor,
E uma mesa que sente as pontas de seus dedos,
que seja eu, deixa eu ser seu amor.
Ponha fim aos dias e noites sem fim
Sem você.”
Wallace invadiu minha canção, meus pensamentos, minha boca, mordeu suavemente meus lábios molhados, mergulhou sua língua na minha e me beijou o mais profundo beijo que jamais havia saboreado em minha vida.
Eu entreguei minha boca, deixei meu corpo colar no dele, desejando nunca mais acordar daquele sonho.
Wallace sabia beijar diferente, falar diferente, dançar diferente, cantar diferente, rir e sorrir diferente, ouvir diferente, falar sem palavras, sentir além do comum.
Wallace era diferente. Ainda bem! Ser diferente fazia toda a diferença.
Inspirado em algumas pessoas diferentes que se juntaram a mim em meus caminhos, e que fizeram toda a diferença!
– “Como eu invejo uma xícara que conhece seus lábios,
que seja eu, meu amor,
E uma mesa que sente as pontas de seus dedos,
que seja eu, deixa eu ser seu amor.
Ponha fim aos dias e noites sem fim
Sem você.”
COMO COMENTAR ISSO….SEM PALAVRAS.OU MELHOR ; PARABÉNS…
Esse texto é a letra de uma música, LIKE A LOVER, de Sérgio Mendes, com a qual eu me identifico plenamente.
Escrever é coconstruir textos com outros impactantes que já circulam pelo mundo.
PARABÉNS PELA DELICADEZA DA ESCRITA E RIQUEZA NOS CONTEÚDOS ROSY.