Várias pessoas que leem os meus romances dizem que não sabem onde termina Luciana e começa Rosy. Entendo como natural, o produto literário de todo autor ser uma parte dele. Seria impossível escrever sem sua própria essência, suas experiências em vida, suas visões e significados do mundo em conexão com suas expectativas.
Luciana, a personagem principal dos meus três romances, e eu nos identificamos; ela faz parte de mim e eu, cada vez mais, aprendo com ela.
Escrever é libertar uma parte de mim. Sem minhas próprias experiências não seria possível criar. No entanto, a própria autobiografia não é mais a verdadeira história. As visões de mundo no momento em que ela é criada são outras, a sua maneira de sentir os fatos não é mais a mesma. A realidade se mistura com um passado acessado em sua mente, como em um sonho.
Então, o real transmuta a ficção, que não poderia existir sem essa busca de reviver um passado contado em variadas versões; essas infinitas histórias que dão sentido às nossas vidas.
Ser escritora acende meus sentidos, minhas percepções, minha imaginação. Escrever liberta uma parte de mim. Sem minhas próprias experiências não seria possível criar.
Escrever é transcender no espaço e no tempo através da infinitude de linguagens que se manifestam em minha mente. Não tem hora marcada, nem lugar.
Minha imaginação tem navegado incessantemente na realização dessa trilogia. Luciana está cada vez mais Lu, mais deusa, mais decidida, determinada, apaixonada.
Luciana era o nome que minha mãe tinha escolhido para mim. No entanto, minha madrinha sugeriu outro, que foi aprovado com carinho. O fato é que eu me identifiquei completamente com esse. Logo, não preciso dizer mais nada a respeito da protagonista da minha história.
Autobiografia ou ficção?
Deixo para você responder!